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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O Risco de Sermos Amigos

O risco de sermos amigos

"Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele." (JO 11:16)
"Jesus chorou" (JO 11:35) 

O Capítulo 11 de João retrata uma história envolvente de amizade.
Jesus tinha diversos tipos de relacionamento no seu trabalho:
1 -    com os fariseus havia como que uma constante tensão de provas e testes quanto à lei.
2 - os saduceus tinham uma dificuldade completa de entenderem verdades espirituais fundamentais como a ressurreição.
3 - Com discípulos havia a aplicação constante de usar cada momento de sua vida para ser modelo em algo.

Mas havia um grupo de pessoas que era, de certa forma, especial.
Era a casa de Lázaro.
Isso pode ser demonstrado no anúncio que lhe fizeram quando Lázaro adoeceu: versículo 3 – “aquele que amas adoeceu”
Jesus havia libertado a Maria, e, por causa disso, recebia dessa família uma gratidão muito grande. O que parece é que naquela casa Jesus ia para descansar, para repousar.
Não era um lugar de trabalho, mas de refúgio, de ajuda e apoio.
Os amigos oferecem isso.
Quando ele vai ao Getsêmani orar sente falta de pessoas que o apóiem e clama por isso:

(MT 26:38) "Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo."
Era um momento no qual Jesus estava exposto a toda sua humanidade e precisava que alguém estivesse junto.

A casa de Lázaro podia oferecer isso, pois não era um lugar de trabalho. Jesus poderia ter chamado Lázaro para ser um dos apóstolos, no entanto parece que ele reserva  a vida de seu amigo como algo íntimo onde ele pudesse repousar.

Chega um dia que vem a notícia triste: – “aquele que amas adoeceu”
Qualquer pessoa está sujeita a receber esse tipo de notícia e pode reagir de diversas formas. Jesus age de maneira estranha para situação:
(JO 11:6) "Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava."
Se estamos falando de amizade, não seria natural que ele partisse logo para a casa de Lázaro?
Mas Jesus deixa que seu amigo morra, (e ouve como que uma reprimenda da parte de sua amiga Marta) para deixar que as pessoas vissem que a amizade era capaz de levantar a Lázaro até do túmulo.

(JO 11:42) "Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste."

(PV 3:32) "Porque o perverso é abominável ao SENHOR, mas com os sinceros ele tem intimidade."
(SL 25:14) "A intimidade do SENHOR é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança."

Jesus escuta a Marta e vê o ambiente de tristeza. Isso faz com que seu coração se perturbe, pois vê que seus amigos sofriam. (versículo 33).
Jesus então pede para ver o lugar onde puseram seu amigo e, ao ver, ele chora.

Mais uma vez a amizade moveu seu coração:
(JO 11:38) "Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela."

Ele ora ao Pai e é atendido no desejo de seu coração, pois também, e principalmente, com o Pai ele tinha amizade e era nessa base que era ouvido.

Essa experiência de doença, fraqueza, luta e morte de amigos é algo que toma um pouco de nossas vidas  cada vez que isso acontece.
Jesus chorou pois era de sua natureza chorar com o que choravam.
Ele tinha um coração amigo, um coração de amizade.

Tomé estava começando a ter o mesmo coração: “Vamos nós também, para morrermos com ele."
Não é interessante que o homem a quem chamamos de incrédulo foi aquele que convidou os outros a ir com Jesus para Betânia passando por Jerusalém, onde havia pouco tentaram prende-lo?

“Vamos nós também, para morrermos com ele."
A igreja é o lugar onde pessoas se oferecem para morrer conosco as nossas mortes.
É o lugar onde não se sofre sozinho. Deus proveu um ambiente de repouso para os nossos corações e esse ambiente é a amizade que deve haver entre os que servem a Deus em gratidão como Marta e Maria serviam a Jesus.

Como precisamos de amigos que vele conosco nos nossos momentos de Getsêmani e que digam: “Vamos nós também, para morrermos com ele."
Os obreiros na igreja não são colegas de profissão são amigos que riem, sofrem, choram e morrem juntos.
Paulo conhecia isso no seu relacionamento com Tito, Timóteo.
(2CO 2:12,12) "Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e abrindo-se-me uma porta no SENHOR,  não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedônia."
(2CO 7:6) "Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito."
(2CO 8:16) "Mas, graças a Deus, que pôs a mesma solicitude por vós no coração de Tito;"
(TT 1:4) "A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador."
(FM 1:1) "PAULO, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso cooperador,"

Havia isso normalmente na igreja:
(FP 2:25 - 27) "Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades. Porquanto tinha muitas saudades de vós todos, e estava muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente. E de fato esteve doente, e quase à morte; mas Deus se apiedou dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza."

Precisamos de amigos. Precisamos ser amigos. Os amigos precisam de nós.
Precisamos aprender a falar diante das lutas de nossos irmãos: “Vamos nós também, para morrermos com ele."

Notemos que Tomé se relacionava com Jesus e havia sido chamado para ser discípulo de Jesus, não se melindrou quando alguém trouxe a notícia de que aquele que tu amas está doente, mas fez o convite aos outros.
Não podemos confundir, em hipótese nenhuma, a vontade de Deus para os relacionamentos dentro da igreja.

Existem também em nosso ministério diversos tipos de relacionamentos, mas o que nos sustenta realmente é aquele relacionamento de irmãos que ao ouvirem que o nosso Lázaro está doente, que estamos pesados com alguma situação, dizem:


“Vamos nós também, para morrermos com ele."

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Viver na Fé de Jesus - Síntique Nobre Santos

A falta de fé nos priva de viver tantas coisas! É uma pena, realmente uma tristeza não ter fé! Claro que é possível dizer isso com facilidade quando nos encontramos já no final da travessia da ponte vendo quem está no meio dela ou no início do trajeto.
Julgamos ridículo o medo dos principiantes, a ponte nem é tão alta, as águas não são tão agitadas e no fim do percurso podemos perceber a mão de Deus em cada parte do caminho.
Quando se trata dos nossos filhos até ficamos magoados quando eles não confiam em nós e nas nossas propostas. Dizemos o rumo a ser tomado e eles simplesmente nos olham com aquele olhar de quem gostaria de acreditar, mas lá no fundo não há fé, não há confiança suficiente. Nem o amor demonstrado a vida toda, nem toda a alimentação provida, a roupa, a educação, as noites mal dormidas, os abraços, as confidências, nenhuma atitude faz nenhum filho acreditar completamente em seu pai.
Se fosse assim, tudo o que Deus faz, que é incomparavelmente mais do que o que fazemos por nossos filhos, nos levaria a ter uma fé inabalável nele. E Jesus não precisaria teria nos dito imperativamente: Tende a fé de Deus.
A fé não é algo místico, ela é a simples capacidade de esperar por algo que ainda não existe no tempo dentro deste espaço. Para os que vislumbram a eternidade, que sabem que o tempo é algo que foi estabelecido para ajudar a vida neste mundo, a fé é a percepção do que já existe em outra esfera, mas ainda não se manifestou. Não ser visível não torna o fato inexistente. O eterno nem sempre é hoje ou ontem ou amanhã, ele simplesmente é. Para isto é necessário ter fé. 
É necessário ver o eterno, ver a verdade por trás do tempo, como Jesus sempre vê. Mandar tirar vinho da água. Jogar redes onde há peixe. Dizer a Lázaro “Sai pra fora” porque ele está vivo. Dizer ao povo pra comer o muito pão e peixe, aliás, há sobra deles. Trazer visão do natural pra quem já o via com o coração. E a Sua máxima, estar mais vivo que nunca depois de estar morto!!!
A fé não é um sentimento ela é um poder de decisão vindo de uma dimensão que transcende o tempo. A fé não é humana, não é terrestre, mas transforma o homem e movimenta a terra. A fé nasce no Eterno, é eterna, tem objetivo eterno, enxerga o eterno, existe e subsiste no eterno. A fé é uma característica do Criador implantada na criatura para sua sobrevivência básica. A busca primaria por Deus dentro de cada ser humano, a esperança de que existe alguém maior no universo, a ética, a consciência, ou seja qual for o nome que tem sido dado a esta procura,  já é a fé de Deus em nós.
Há uma fé natural, instintiva, que nos mantem vivos; uma fé cognitiva, baseada no que experimentamos ou no vemos o outro experimentar e uma fé que nos leva a ver além do impulso pela vida, nos leva a andar no que nunca experimentamos ou do cientificamente comprovado: A fé de Deus, A fé do Eterno.
Esta última nos leva a descobrir o concreto que está oculto nesta nossa vida abstrata e sem sentido. Faz-nos avistar o mesmo que Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque e outros. Permite-nos entender a vida atemporal, o valor real do ser e do ter. Ela nos explica quem somos e pra que somos.
A fé do Eterno é plantada dentro de nós pelo Filho do Homem. Tenho a sensação dentro de mim que ela é o próprio Cristo. Sem ela é impossível agradar a Deus, porque quem se aproxima dele precisa ter dentro de si a confiança de que ele existe, o poder de decidir esperar dele a recompensa pela proximidade.
 Não há vida eterna sem fé, por que a vida eterna é esta: que conheçam a Jesus Cristo, a Porta e o Caminho para o Eterno.
Ter fé não é questão de vontade, de humor, de temperatura ambiente, de espiritualidade, de religião, de situação financeira, de nível de escolaridade é questão de lugar no espaço e tempo que eu decido viver. Sou eterno ou não? Creio ou não?
Ter fé não tem relação nenhuma com o meu tamanho, com a minha capacidade, com a quantidade de inteligência que eu possuo e com a facilidade que eu tenho para entender física nuclear. A fé vem quando eu paro para ouvir. Não para ouvir qualquer coisa, mas para ouvir a voz de quem me enche de fé, ouvir por quem planta a fé. Todos os dias nós ouvimos, em nossos corações a voz do Espírito Santo, talvez a princípio, como não conhecemos muito bem a sua voz, ela pareça baixinha. Ele é quem nos guia à Verdade, ao Verbo, à Palavra. Ouvindo pela Palavra recebemos fé.
Jesus é a Palavra, Ele é quem nos faz ter fé. Ele nos ensina a viver em fé. Ele é a razão da fé. Olhando pra Ele descobrimos quem somos e pra que somos. Nele existimos e pra Ele vivemos. Nossa fé nele faz com todo o resto perca a cor e o brilho. O resultado da fé é que a vida aqui torna-se um maravilhoso trampolim para uma pátria que vemos e saudamos. E quando a fé parece faltar, a ordem ecoa em nosso coração: Tende a fé de Deus. A voz doce que gera e sustenta a fé. A voz do autor e consumador da fé!

SqNobre
Junho/2015


PS.: Considero, nestes últimos anos, que minhas resoluções baseadas naquilo que vejo, pela fé, fé na Bíblia, fé no amor de Deus, fé no concreto e real dito pelo Espírito Santo, tem me trazido resultados espantosamente gratificantes (na verdade não sei porque o espanto...) Sem lantejoulas, sem firulas, sem fogos de artifício; Fé. Fé nas ordens de Jesus, elas geram vida! Todo mandamento ou ordem de Jesus gerou vida, eternidade, graça! No Reino de Deus a Fé atinge sua amplitude! Fim da luta pela sobrevivência natural, integridade emocional e vida eterna espiritual!

Não Apagueis o Espirito Santo

Não apagueis o Espírito - 1Ts 5:19

Esse é um dos mais importantes mandamentos das cartas de Paulo.
A ordem de Paulo está no meio de um contexto muito rico.
Penso que o o contexto se inicia no versículo 9:
porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele.

Paulo estabelece a base da nossa existência que é alcançar a Salvação.
Parece-me que a Salvação dita nesse texto nao se refere a uma situação do futuro, mas uma maneira de viver que vai trazer salvação em cada canto de minha vida, ou seja, devo viver de tal maneira que vou desenvolvendo a salvação que já me foi dada por Cristo na sua morte e ressurreição.
Oo versículos seguintes trazem uma série de mandamentos que vão tornar a salvação algo que permeará toda área de minha vida, dizendo de outra maneira, o Espírito Santo vai brilhar em cada cantinho de meu espírito, minha alma e corpo, dessa forma Ele, o Espírito Santo estará sempre aceso em mim, eu não o apagarei.

A forma de eu o manter aceso é andar, com a ajuda dele, é claro, nos mandamentos que Paulo traz nos versos que estão antes e depois do versículo 19.
Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.
 Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros. Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos. Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos. Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.

Não apagar o Espírito fala de:
consolar uns aos outros
edificar uns aos outros
acatar com apreço aos que presidem sobre nós
viver em paz uns com os outros
admoestar aos desordeiros,
Sustentar os fracos
consolar os desanimados
Ter paciência com todos
não retribuir mal com mal
seguir sempre o bem
regozijar sempre
orar sem cessar
dar graças em tudo,

enfim a obra que o Espirito Santo faz em nós é com a nossa participação. Nós decidimos andar dessa forma e ele nos ajuda, nos capacita. OU seja, a decisão é nossa, a força é Dele.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Livro A IGREJA - Jame Nobre ( Life Editora )

De que meus filhos realmente precisam?

Releitura por uma mãe de Colossenses 2


Muito se fala hoje em dia sobre educação de filhos. Centenas de métodos nos são apresentados como a solução para todos os problemas.
Nunca vi tamanha gama de especialistas em tudo. Não há quem não tenha alguma opinião segura para nos dar sobre nossos filhos em todos os assuntos, desde a concepção até o casamento, convívio com os netos e por ai vai.
Talvez eles já estivessem por aqui há muito tempo, mas o acesso à informação contemporâneo faz com que sejam atirados ao nosso encontro e, algumas vezes, por que não dizer, contra nós.
Sabe-se sobre parto, amamentação, alimentação, escola, disciplina, sono, fraldas, chupetas (ou a falta delas), e tal conhecimento é imposto de forma que a mãe, o imã de toda a culpa, se sinta a pior dentre todas as mulheres.
Diante de tantos comandos, de tanta gente segura e falante, vemo-nos confusas em busca daquilo que mais desejamos, o melhor para nossos filhos.
Mudamos a comida, mudamos de escola, tiramos a fralda, o berço. Hora colocamos a criança pra dormir conosco, hora não. No berço ou no colchão? Deixo chorar? Pego no colo? Carne vermelha? Morango? Paninho? AAAHHH!!!!
Para todos os assuntos há, ao alcance de nossos dedos, resposta que muitas das vezes em vez de alívio nos trarão mais culpa, já que aquilo que se apregoa hoje em dia, se considerado em todo o seu conjunto, é inacessível para a maioria esmagadora das mães.
Mas escrevo não para acusar (também) aquelas que, com boa vontade, compartilham as experiências positivas que têm ou tiveram com seus filhos, aquelas mães de sucesso que encontram tempo e disposição para ajudar a outras. Mas para aquelas que, como eu, erram todos os dias, sentem-se perdidas, surpresas, atordoadas, com náuseas, cansadas e, acima de tudo, culpadas.
Para aquelas que mesmo portadoras de amor imenso e incontrolável, já sentiram vontade de congelar os filhos por 1 ou 2 horas para garantir um banho descente, a leitura de um livro ou mesmo uma necessidade mais premente (se é que vocês me entendem), só tendo desistido da ideia por medo do processo de descongelamento do micro-ondas ser muito agressivo.
Escrevo para que, como disse Paulo, “nossos corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”
Foi o Espirito Santo, através de Paulo, quem me alertou no mesmo texto a vigiar e não me deixar tornar presa de palavras persuasivas e fez isso se referindo ao fato de que em Cristo estão todos os tesouros de sabedoria e ciência.
Alertou-me de que apesar de existirem inúmeras vertentes científicas, algumas delas até mesmo sábias, em Jesus estão os TESOUROS! Nele eu encontro a nata do conhecimento e da sabedoria, sobre todos os assuntos. Dentre eles, meus filhos.
É por isso que Paulo nos diz para andarmos no Senhor Jesus Cristo que recebemos, agarrados e construídos n’Ele, com ações de graça.
Isto mesmo, sem reclamações e choramingos, sem desejar o que não podemos ter: COM AÇÕES DE GRAÇA.
Em quem mais buscaríamos respostas a não ser em quem “habita corporalmente toda a plenitude da divindade”?
Nele somos perfeitas!
Sim, eu e você que temos Jesus por cabeça podemos afirmar: somos perfeitas!
Fomos sepultadas com Ele no batismo, nele também ressuscitamos pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.
Se tamanho poder habita em mim, tenho em Jesus (e não no Google) todas as respostas às questões que diariamente se levantam e, acusadoras, tentam me desviar da verdadeira necessidade dos meus filhos: conhecer o mesmo Jesus que foi a mim apresentado e em quem ando.
Não. Ele não precisa da melhor escola, não precisa comer os produtos orgânicos que plantei eu mesma, à meia noite, no jardim da minha casa, não precisa de todos os estímulos de Piaget, Freire, Montessori e sem lá mais quem, que por competência e estudos que reconheço, propuseram-se a afirmar métodos de educação.
Não precisa de infinidade de roupas, de aparatos tecnológicos, dos melhores médicos. Não precisa ser campeão de ginástica, matemática e do Soletrando. Ele não precisa ser destaque!
Precisa SÓ de Jesus em mim! Precisa que eu apresente todos os dias por meu proceder, por minha fala e atitude aquele por meio de quem tudo o que foi feito se fez. Aquele que é capaz de por sua palavra trazer à existência as coisas que não existem. 
Para que um dia, por si, também escolha andar em Jesus, agarrado e construído n’Ele, para, sem esforço humano,  tornar-se o adulto que Jesus quer que ele seja.

Que mais pode uma mãe desejar?

E, quanto a mim e a você, não há motivos para sermos presas de ninguém que “por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens” busca sobrecarregar-nos com tarefas que “têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne”.

Esforcemo-nos pelo que realmente importa! Esforcemo-nos pelo eterno. 

E se por acaso errarmos, porque mães perfeitas também erram, se por acaso nossa escolha não tiver sido a melhor, se você não teve parto normal, se não o amamentou até o 3º ano de vida, se seu filho comeu no almoço de hoje miojo com salsicha, não se esqueça: Ele perdoou todas as nossas ofensas e “havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, tirou-a do meio de nós, cravando-a na cruz
Não precisamos carregar a culpa do erro e do pecado! Ele pagou por nós e por nossos filhos preço de sangue.
E, como se fosse pouco tudo isso, consumou o maior ato de amor que qualquer ser, até mesmo as mães, poderia praticar pela exposição de sua vitória diante de nosso inimigo “despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo”.
Que confiemos nossos filhos e a nós mesmos nas mãos daquele que sabe todas as coisas, que pode todas as coisas e que ama, desde antes da fundação do mundo, a cada um dos nossos muito mais do que qualquer mãe seria capaz de amar. 

Sindy Oliveira Nobre Santiago