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terça-feira, 6 de outubro de 2015

De que meus filhos realmente precisam?

Releitura por uma mãe de Colossenses 2


Muito se fala hoje em dia sobre educação de filhos. Centenas de métodos nos são apresentados como a solução para todos os problemas.
Nunca vi tamanha gama de especialistas em tudo. Não há quem não tenha alguma opinião segura para nos dar sobre nossos filhos em todos os assuntos, desde a concepção até o casamento, convívio com os netos e por ai vai.
Talvez eles já estivessem por aqui há muito tempo, mas o acesso à informação contemporâneo faz com que sejam atirados ao nosso encontro e, algumas vezes, por que não dizer, contra nós.
Sabe-se sobre parto, amamentação, alimentação, escola, disciplina, sono, fraldas, chupetas (ou a falta delas), e tal conhecimento é imposto de forma que a mãe, o imã de toda a culpa, se sinta a pior dentre todas as mulheres.
Diante de tantos comandos, de tanta gente segura e falante, vemo-nos confusas em busca daquilo que mais desejamos, o melhor para nossos filhos.
Mudamos a comida, mudamos de escola, tiramos a fralda, o berço. Hora colocamos a criança pra dormir conosco, hora não. No berço ou no colchão? Deixo chorar? Pego no colo? Carne vermelha? Morango? Paninho? AAAHHH!!!!
Para todos os assuntos há, ao alcance de nossos dedos, resposta que muitas das vezes em vez de alívio nos trarão mais culpa, já que aquilo que se apregoa hoje em dia, se considerado em todo o seu conjunto, é inacessível para a maioria esmagadora das mães.
Mas escrevo não para acusar (também) aquelas que, com boa vontade, compartilham as experiências positivas que têm ou tiveram com seus filhos, aquelas mães de sucesso que encontram tempo e disposição para ajudar a outras. Mas para aquelas que, como eu, erram todos os dias, sentem-se perdidas, surpresas, atordoadas, com náuseas, cansadas e, acima de tudo, culpadas.
Para aquelas que mesmo portadoras de amor imenso e incontrolável, já sentiram vontade de congelar os filhos por 1 ou 2 horas para garantir um banho descente, a leitura de um livro ou mesmo uma necessidade mais premente (se é que vocês me entendem), só tendo desistido da ideia por medo do processo de descongelamento do micro-ondas ser muito agressivo.
Escrevo para que, como disse Paulo, “nossos corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”
Foi o Espirito Santo, através de Paulo, quem me alertou no mesmo texto a vigiar e não me deixar tornar presa de palavras persuasivas e fez isso se referindo ao fato de que em Cristo estão todos os tesouros de sabedoria e ciência.
Alertou-me de que apesar de existirem inúmeras vertentes científicas, algumas delas até mesmo sábias, em Jesus estão os TESOUROS! Nele eu encontro a nata do conhecimento e da sabedoria, sobre todos os assuntos. Dentre eles, meus filhos.
É por isso que Paulo nos diz para andarmos no Senhor Jesus Cristo que recebemos, agarrados e construídos n’Ele, com ações de graça.
Isto mesmo, sem reclamações e choramingos, sem desejar o que não podemos ter: COM AÇÕES DE GRAÇA.
Em quem mais buscaríamos respostas a não ser em quem “habita corporalmente toda a plenitude da divindade”?
Nele somos perfeitas!
Sim, eu e você que temos Jesus por cabeça podemos afirmar: somos perfeitas!
Fomos sepultadas com Ele no batismo, nele também ressuscitamos pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.
Se tamanho poder habita em mim, tenho em Jesus (e não no Google) todas as respostas às questões que diariamente se levantam e, acusadoras, tentam me desviar da verdadeira necessidade dos meus filhos: conhecer o mesmo Jesus que foi a mim apresentado e em quem ando.
Não. Ele não precisa da melhor escola, não precisa comer os produtos orgânicos que plantei eu mesma, à meia noite, no jardim da minha casa, não precisa de todos os estímulos de Piaget, Freire, Montessori e sem lá mais quem, que por competência e estudos que reconheço, propuseram-se a afirmar métodos de educação.
Não precisa de infinidade de roupas, de aparatos tecnológicos, dos melhores médicos. Não precisa ser campeão de ginástica, matemática e do Soletrando. Ele não precisa ser destaque!
Precisa SÓ de Jesus em mim! Precisa que eu apresente todos os dias por meu proceder, por minha fala e atitude aquele por meio de quem tudo o que foi feito se fez. Aquele que é capaz de por sua palavra trazer à existência as coisas que não existem. 
Para que um dia, por si, também escolha andar em Jesus, agarrado e construído n’Ele, para, sem esforço humano,  tornar-se o adulto que Jesus quer que ele seja.

Que mais pode uma mãe desejar?

E, quanto a mim e a você, não há motivos para sermos presas de ninguém que “por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens” busca sobrecarregar-nos com tarefas que “têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne”.

Esforcemo-nos pelo que realmente importa! Esforcemo-nos pelo eterno. 

E se por acaso errarmos, porque mães perfeitas também erram, se por acaso nossa escolha não tiver sido a melhor, se você não teve parto normal, se não o amamentou até o 3º ano de vida, se seu filho comeu no almoço de hoje miojo com salsicha, não se esqueça: Ele perdoou todas as nossas ofensas e “havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, tirou-a do meio de nós, cravando-a na cruz
Não precisamos carregar a culpa do erro e do pecado! Ele pagou por nós e por nossos filhos preço de sangue.
E, como se fosse pouco tudo isso, consumou o maior ato de amor que qualquer ser, até mesmo as mães, poderia praticar pela exposição de sua vitória diante de nosso inimigo “despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo”.
Que confiemos nossos filhos e a nós mesmos nas mãos daquele que sabe todas as coisas, que pode todas as coisas e que ama, desde antes da fundação do mundo, a cada um dos nossos muito mais do que qualquer mãe seria capaz de amar. 

Sindy Oliveira Nobre Santiago


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